Estrada de Ferro Barra Bonita


A História

Muitos anos antes de se pensar na construção da E.F. Barra Bonita já se projetava a construção de uma linha de bondes para interligar a cidade de Barra Bonita a Jaú, ficando o projeto só no papel.

Em 23 de dezembro de 1921, o então Presidente do Estado de São Paulo, Dr. Washington Luiz P. de Souza, promulgava a lei no. 1.830, que determinava "providências sobre a construção de estradas de ferro vicinaes", que estabelecia, entre outras, o seguinte:

Essa lei, regulamentada através do Decreto no. 3.496 de 24 de agosto de 1922, dava oportunidade para quem desejasse construir ferrovias e como isso era um sonho acalentado há muitos anos, um grupo de barrabonitenses que visava o progresso do lugar, tendo à frente o Dr. Caio Simões, trabalhou com afinco a fim de que se tornasse realidade a construção de um ramal ligando Campos Salles ao Barreirinho. Após muita luta no dia 8 de dezembro de 1923, ficava organizada, com o capital de RS$ 350:000$000, a Companhia Estrada de Ferro Barra Bonita.

No dia 26 de junho de 1925, no palácio do Governo do Estado, compareceram os senhores Juvenal Pompeu e Angelo Borsetto, diretores da CEFBB, para assinarem o termo de compromisso para construção de uma estrada de ferro vicinal que, partindo de Campos Salles, na Companhia Paulista de Estradas de Ferro, teria seu ponto terminal na cerâmica da Companhia Agrícola Paulista, com extensão de 18,440 km.

No dia 18 de outubro de 1926, os senhores diretor e presidente da CEFBB, assinaram o contrato relativo à construção.

As obras de colocação dos trilhos e construção dos prédios e armazéns foi lenta, mas em 7 de agosto de 1929, o então Presidente do Estado de São Paulo, Dr. Julio Prestes de Albuquerque assinava o decreto autorizando o tráfego em caráter provisório.

No dia 15 de agosto de 1929, com muita festa, o trem chegava às 15 horas, vindo do Barreirinho, sendo recebido pelo Sr. Guilherme Jorge dos Santos, primeiro chefe da estação.

A estação passou a ser o destaque da cidade, atraindo adultos, crianças e jovens, que para lá se dirigiam a esperar a chegada e partida de parentes, amigos e conhecidos.

O tempo foi passando e a marcha do progresso atropelou a ferrovia, com a rapidez do transporte de cargas e passageiros que as modernas rodovias ofereciam. O ramal ferroviário, já de propriedade da Companhia Paulista desde 1951, tornou-se deficitário e deveria ser desativado.

Em 31 de agosto de 1966, pela última vez, o trem cumpriu seu trajeto. Entre risos, lágrimas e bombas, o Sr. Jarbas Marcondes, chefe da estação, trilou o último apito.



Última Atualização: 23.03.2000

Texto original escrito por Nílton José Gallo

Retornar à Página Inicial.